Times Eficientes: Como Construir Colaboração e Entrega Contínua
A busca por times eficientes unifica praticamente todas as organizações. Maior produtividade, rastreabilidade do trabalho, clareza no planejamento e tomadas de decisão alinhadas aos objetivos estratégicos são demandas recorrentes em empresas de todos os portes.
No evento da e-Core, realizado em São Paulo em 4 de dezembro, os especialistas Luiz Lima, Practice Leader, e Vitor Garcia, Solutions Architecture Manager, apresentaram como líderes de mercado têm criado alicerces de integração, colaboração e performance capazes de gerar ganhos imediatos e sustentáveis.
Quais desafios roubam a eficiência dos times?
Nenhum time pode operar com eficiência se o trabalho não estiver conectado a um objetivo claro. Esse foi o principal apontamento de Luiz Lima. Segundo dados da Atlassian apresentados por ele, 93% das empresas sofrem com a falta de alinhamento entre tarefas e metas estratégicas. Essa desconexão gera desperdícios, perda de foco e retrabalho. “Até hoje vemos sprint sem objetivo. Já viram isso?”, questionou, ao destacar que cada entrega, da menor tarefa à maior iniciativa, deve refletir um propósito organizacional desdobrado.
A dificuldade em encontrar informações é outro ponto crítico que afeta diretamente o desempenho dos times. Lima citou que 25% da jornada semanal é desperdiçada apenas procurando dados, o equivalente a uma semana inteira por mês, considerando uma jornada de trabalho de 40 horas. Somam-se a isso a sobrecarga de reuniões e a ausência de contexto.
“Nunca tivemos tanta informação, mas nunca fomos tão mal informados”, afirmou. Muitas empresas tentam resolver esse problema acumulando ferramentas, mas sem repensar processos. O resultado é o efeito contrário: mais complexidade e menos eficiência.
No entanto, segundo Luiz Lima, para desbloquear o potencial de qualquer time é preciso estruturar informação, processos e tecnologia de maneira integrada. As ferramentas deixam de ser elementos isolados e passam a formar uma camada inteligente capaz de conectar trabalho, pessoas e objetivos. Neste cenário, uma abordagem que apoia as equipes nessa estruturação do trabalho através de dados e fluxos integrados é a carta certa.
Menos atrito, mais entrega: a lógica dos times eficientes
Ao traduzir os pilares de produtividade para números concretos, o Líder de Práticas da e-Core apresentou um exercício econômico simples e direto. Ele propôs um cenário hipotético de seis meses, com investimento de R$ 600 mil para uma operação de 300 colaboradores e custo aproximado de R$ 40 mil em licenças do pacote Teamwork Collection da Atlassian, por exemplo, que reúne Jira, Confluence, Loom e os Rovo Agents, teammates de IA integrados em todo o ecossistema Atlassian.
Com um valor médio de R$ 50 por hora de trabalho, Luiz Lima calculou que um ganho de apenas 5% de eficiência por colaborador representa 24 minutos diários. Em um ano, isso equivale a 105 horas de produtividade recuperadas por funcionário. Aplicado aos 300 colaboradores, o ganho corresponde a quase um sprint adicional de trabalho anual sem aumentar o número total de funcionários.
O ponto central não era o custo, mas a capacidade de estruturar o trabalho. Lima destacou que ganhos reais só ocorrem quando há clareza estratégica e mensuração antes e depois das mudanças. “Pessoas, processos e ferramentas nunca saem de moda”, afirmou.
Nesse sentido, Lima reforça que ferramentas só geram valor quando trabalham juntas e reforçam a dinâmica real das equipes. Por exemplo, a filosofia do System of Work da Atlassian, traduz essa visão ao tratar a organização como um fluxo integrado, em que tarefas, projetos e informações circulam no mesmo ambiente digital.
O Teamwork Graph, camada de inteligência de dados da plataforma Atlassian Cloud, por exemplo, sustenta essa lógica ao conectar dados e contextos de forma automática, evitando rupturas no trabalho e reduzindo a dependência de múltiplos sistemas paralelos. A proposta é estruturar um ecossistema único que apoie o ritmo das equipes e mantenha o alinhamento com os objetivos do negócio.
Da ideia à entrega com agentes inteligentes
Vitor Garcia, por sua vez, sintetizou a abordagem da Atlassian ao afirmar que a proposta é “entregar soluções para esses atritos, para trazer um processo mais suave”, de modo que a energia investida pelo time se converta em inovação, estratégia e impacto real. Para ilustrar esse potencial, Garcia apresentou um fluxo completo de desenvolvimento aplicado a um banco fictício, demonstrando como a plataforma e os agentes inteligentes remodelam as entregas na rotina de times de DevOps.
O primeiro ponto crítico é a criação da história. “A falta de requisitos claros gera retrabalho e reuniões desnecessárias”, afirmou Garcia ao mostrar como o Rovo, agente de IA nativo da Atlassian, transforma um prompt simples em uma história completa, com critérios de aceite e validações alinhadas aos padrões definidos pela equipe e-Core. O resultado imediato é um início de trabalho mais claro e menos sujeito a interpretações.
A seguir, o fluxo administrativo, que geralmente fragmenta o tempo do desenvolvedor, é automatizado por agentes criados pela e-Core com base no Rovo. A criação da branch, a escolha do repositório correto e outras tarefas iniciais passam a ocorrer sem esforço manual, reduzindo interrupções e acelerando o avanço do trabalho.
O agente também verifica riscos e aderência arquitetural. No exemplo demonstrado, o teammate inteligente trouxe conformidade com padrões internos e de segurança e ainda gerou um Pull Request completo, com explicações precisas sobre as alterações. Isso minimiza o tempo para a revisão técnica, um dos pontos mais lentos de todo o processo.
A automação se estende até o fim da pipeline. Com a integração contínua, esse processo elimina desperdícios manuais e garante rastreabilidade de ponta a ponta.
Para Garcia, a demonstração resume o valor da aplicação inteligente das ferramentas: “Temos diversos desafios durante essas etapas. Toda essa fricção não vai permitir mexermos o ponteiro da nossa estratégia. A gente tem que ser mais eficiente, converter o máximo, fazer o melhor uso de plataformas.”
A importância do fator humano
Ainda que plataformas integradas de soluções, como as da Atlassian, sejam a protagonista dentro do sistema eficiente exemplificado pelos especialistas e-Core, a construção de times eficientes depende de um elemento indispensável: o profissional que orienta a tecnologia. A IA gera histórias, avalia código e sugere soluções para incidentes, mas só opera com qualidade quando recebe dados confiáveis, contexto organizacional claro e diretrizes bem estabelecidas.
“O problema não está em aplicar a IA, e sim onde e como usá-la”, reforçou Luiz Lima. É o profissional que define como a ferramenta deve agir, alimenta os agentes com conhecimento e garante que a solução entregue atenda aos objetivos estratégicos. A IA é um copiloto e, como todo copiloto, depende de quem está no comando.
Nesse contexto, empresas que buscam aumentar a eficiência dos times com soluções de IA e entrar de cabeça no trabalho moderno precisam ter em mente que eficiência só se converte em resultado se a empresa souber “acertar o alvo”. Isso exige objetivos bem definidos, processos legíveis e uma estrutura que torne o fluxo de trabalho rastreável, conectado e mensurável.
Por isso, serviços de consultorias especializadas, como a e-Core que é reconhecida como Atlassian Solutions Partner, desempenham papel essencial nesse processo ao orientar a implantação, estruturar práticas, evitar desperdícios e acelerar a maturidade operacional.
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e-Core
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