Os 7 R’s da migração para nuvem

e-Core • April 3, 2024

Cada vez mais, empresas estão utilizando soluções de computação em nuvem para ter agilidade, segurança e otimizar custos. Para aproveitar esses benefícios, empresas estão migrando mais aplicações para a nuvem. Durante o projeto de migração deve-se analisar cada aplicação, seu propósito e seu ciclo de vida para definir a estratégia ideal para realizar uma migração com sucesso.


Existem sete estratégias de migração de aplicações para a nuvem, também conhecidas como Os 7 R’s da migração para a nuvem. Essas estratégias classificam qual a melhor abordagem a ser realizada de acordo com cada cenário.

1.Rehost

A primeira estratégia de migração é o método Rehost, também conhecida por “lift-and-shift”. Nesse cenário, é realizada a realocação da infraestrutura existente em um outro provedor, sem modificar os recursos de infraestrutura e configurações.

Essa estratégia é comum ser escolhida por empresas que estão com contrato de datacenter próximo ao vencimento, precisam migrar rapidamente e não possuem possibilidade de realizar modificações nas aplicações. É comum, no entanto, que, após um Rehost, a empresa utilize uma outra estratégia de migração dentro da mesma nuvem para obter os benefícios da nuvem de forma mais completa.


2.Replatform

Outra estratégia de migração é o Replatform, também conhecida como “lift-tinker-and-shift”, que é uma extensão do lift-and-shift. Neste caso, durante o processo de migração, insere-se algum tipo de otimização na nuvem com o objetivo de obter benefícios tangíveis, sem que haja mudanças na arquitetura principal da aplicação, mantendo os recursos de computação e rede.

Um bom exemplo dessa estratégia, é a migração de bancos de dados para um serviço de banco de dados gerenciado fornecido por provedores de nuvem ou de um servidor de aplicativos para outro a fim de economizar custos.


Outro exemplo, pode incluir algum tipo de otimização da infraestrutura, como a adoção de mecanismos gerenciados de aplicações, por exemplo, o AWS Elastic Beanstalk, ou atualização para uma versão de código aberto de sistema operacional, podendo haver a necessidade de realizar pequenos ajustes no Software ou uma nova instalação na plataforma de destino.


3.Repurchase

Também conhecida como “drop-and-shop”, dá a possibilidade de realizar a troca de um produto por outro completamente diferente para a realização de tarefas que precisam ser executadas de imediato ou ainda uma nova forma de comprar um mesmo produto. Podendo ser a mudança de uma solução local para uma solução SaaS ou a substituição do fornecedor. Como, por exemplo, a migração de dados de um sistema de gerenciamento de relacionamento com o cliente (CRM) para o Salesforce.com, um sistema de recursos humanos (RH) para Workday ou um sistema de gerenciamento de conteúdo (CMS) para Drupal. Além disso, é comumente encontrado em bancos de dados, em que se pode optar pela compra da licença do banco de dados por hora do servidor ao invés de um valor fixo inicial de aquisição.


4.Rearchitect

A estratégia Rearchitect é a reestruturação de como a aplicação está arquitetada e desenvolvida, para utilizar as funcionalidades nativas da nuvem. Essa estratégia, normalmente, é motivada por uma forte demanda por agilidade de inovação da empresa, busca por escalabilidade e aumento desempenho, que seriam difíceis de alcançar utilizando uma arquitetura tradicional.


Um exemplo muito comum, é mudar a arquitetura monolítica de uma aplicação para uma arquitetura de microsserviços ou para uma implementação de tecnologias serverless, utilizando serviços como o AWS Lambda, por exemplo.


5.Retire

Em uma migração de larga escala, quando se analisa toda a infraestrutura atual, é muito comum encontrar aplicações legadas que não são mais utilizadas. Tipicamente, nas migrações de grande escala, aproximadamente 5% das aplicações podem ser desligadas completamente e ninguém vai reclamar.


Em muitos casos, são aplicações que tiveram uma versão nova desenvolvida e deveriam ser desligadas, mas esquecidas, ou até mesmo ambientes de testes e desenvolvimento de aplicações que ficaram esquecidas e continuaram consumindo recursos.


6.Retain

O Retain é um método que consiste em manter os aplicativos em seu ambiente de origem. Em alguns casos não há sentido para um negócio migrar alguma aplicação seja porque ela teve uma renovação contratual ou está próxima de ser descontinuada. Pode também incluir aplicativos que precisam de refatoração e tendo a possibilidade de adiar para uma nova avaliação futura.


7.Relocate

Recentemente, com o avanço da tecnologia de virtualização e de containers, criou-se uma nova estratégia, de recolocação das aplicações. Ela consiste na simples movimentação completa de uma máquina virtual da estrutura atual para a nuvem da AWS. Essa máquina virtual pode utilizar uma tecnologia de virtualização de sistema operacional, como os containers e as kubernetes, que podem ser movidos completamente para a nuvem da AWS. Ou pode ainda ser uma máquina virtual completa que utiliza o VMware, fruto da parceria entre as duas empresas que produziu o VMware on Cloud.


Essa estratégia é comumente confundida com a Rehost em alguns casos, mas cabe lembrar que no cenário da Rehost, o ambiente da aplicação é transportado e convertido para o ambiente de máquina virtual da AWS, ao contrário da estratégia de Relocate, em que o ambiente da aplicação é mantido da mesma maneira e apenas movido completamente para a nuvem da AWS.


Conclusão

Após entender um pouco sobre cada estratégia de migração para a nuvem, fica claro a necessidade de avaliar as vantagens e desvantagens de cada uma e seu alinhamento com a demanda do seu negócio na hora de realizar a migração. É fundamental que haja um bom planejamento antes da tomada de decisão sobre qual estratégia adotar, pois cada uma terá um custo diferente e produzirá benefícios diferentes.


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