Estratégias para uma migração eficiente para a cloud: diagnóstico, TCO e ROI

e-Core • July 16, 2025

Em um mercado cada vez mais competitivo e orientado ao cliente, a migração para a nuvem se destaca não apenas como uma opção viável, mas como uma estratégia fundamental para empresas que buscam vantagem competitiva. A flexibilidade, segurança e rentabilidade da nuvem permitem que organizações lancem produtos e serviços de forma ágil, atendendo às demandas do mercado com rapidez e eficiência.



No entanto, ainda que a adoção da nuvem permita que empresas reduzam ou mantenham despesas operacionais enquanto oferecem produtos e serviços competitivos, a decisão pela migração não deve ser tomada sem ponderação. Optar por soluções em nuvem ou on-premise dependerá de alguns fatores chave, principalmente estudos de custo e retorno de investimento a depender das necessidades do negócio e das soluções disponíveis.


Por que avaliar o Custo Total de Propriedade (TCO) para soluções em nuvem?

Um erro comum das empresas na hora de avaliar se a migração para a nuvem é uma boa ideia é não considerar todos os custos envolvidos. É preciso ir além da comparação entre o valor de subscrição de um sistema on-premise versus a assinatura de soluções em nuvem.


Segundo um whitepaper da Liferay, o custo anual para manter e gerenciar uma aplicação de software pode ser até quatro vezes maior do que o valor pago na aquisição inicial, evidenciando a necessidade de considerar despesas contínuas, como manutenção, atualizações e equipe especializada. A maioria das empresas direcionam grande parte do investimento em TI à manutenção, enquanto apenas uma parcela sobra para novos projetos e iniciativas.


As aplicações em nuvem permitem que equipes possam se ver livres das tarefas diárias de gerenciamento da infraestrutura de TI e foquem nas tarefas mais estratégicas e que realmente contribuam para alcançar seus objetivos corporativos. Mas, para isso, é fundamental uma análise detalhada do Custo Total de Propriedade (TCO) que mapeia todo o ciclo de vida da aplicação, incluindo custos operacionais e o impacto financeiro da escalabilidade e da segurança oferecidas pela nuvem e por sistemas on-premise.

 Leia também: Como aumentar os lucros e reduzir custos na nuvem


Como fazer o TCO: custos iniciais

Os custos iniciais de uma solução envolvem três fases: a definição do projetoa construção da infraestrutura necessária e a implementação da solução.


Projeto

Na fase de projeto, é essencial estimar o tempo e esforço necessários para definir os requisitos de negócios e projetar uma infraestrutura capaz de suportar o crescimento futuro. Dependendo dos recursos internos, pode ser necessária a consultoria de um especialista externo para garantir um design eficiente. A escalabilidade também é um fator crítico: enquanto soluções on-premise exigem planejamento prévio para expansão, a nuvem oferece flexibilidade imediata.


Além disso, métricas e benchmarks ajudam a definir servidores, armazenamento e capacidade de rede, enquanto a redundância e recuperação de desastres exigem investimentos significativos no modelo tradicional. Já na nuvem, esses aspectos são incorporados nas ofertas dos provedores, reduzindo complexidade e custos iniciais.


Construção

As estimativas definidas na fase de projeto determinam o investimento inicial necessário para a infraestrutura, incluindo servidores, rede, software e capacidade de armazenamento. Para uma comparação justa com a nuvem, o desempenho e a qualidade devem ser equivalentes. O tempo gasto na avaliação de opções e na negociação com fornecedores também deve ser considerado.

Nesse aspecto, provedores de nuvem levam vantagem, já que alcançam economias de escala significativas e conseguem melhores condições de compra com fornecedores de hardware, software e conectividade, reduzindo custos e acelerando a implementação.


Implementação

Para a fase de implementação, estimativas de tempo e esforços necessários para colocar a solução para a rodar devem incluir a configuração, a instalação, testes e tuning da estrutura física, assim como qualquer migração de dados do sistema antigo necessária.

Ademais, qualquer custo adicional referente a treinamento para o novo sistema, rede e banco de dados também devem ser considerados. A boa notícia é que, nessa fase, o investimento pode ser considerado como único e inicial.

Veja mais → Futuro da Transformação Digital: Migrando para cloud


Como fazer o TCO: custos recorrentes

A análise de custos efetiva deve ir além do necessário para a implementação de uma nova solução, considerando também os gastos contínuos.


Manutenção

A manutenção em ambientes on-premise envolve tempo e recursos para gerenciar a infraestrutura, exigindo especialistas em administração de sistemas, redes e bancos de dados. Operações rotineiras, segurança e conformidade regulatória adicionam complexidade e custos.

Já na nuvem, os provedores oferecem suporte dedicado, mas é essencial revisar os SLAs para garantir uma comparação justa. Fora isso, ao calcular as despesas de manutenção, deve-se considerar o número de funcionários necessários para ela e seus custos totais, incluindo salários, benefícios e encargos operacionais.

Atualização

Hardware e software precisam ser atualizados constantemente e geralmente contam com cerca de três a cinco anos de vida útil. Ao avaliar os custos totais, é crucial contabilizar a depreciação desses ativos e os benefícios fiscais associados.

Diferentemente dos modelos tradicionais, a nuvem geralmente oferece atualizações regulares e automáticas, com o custo destas já incluso nas ofertas de serviços. Essa característica elimina a necessidade de investimentos adicionais e garante que a infraestrutura e o software estejam sempre atualizados, otimizando o desempenho e a segurança.


Como fazer o TCO: custos intangíveis

O cálculo do TCO também deve contar com variáveis intangíveis que pesam na balança e podem redefinir o valor real da migração para a nuvem. Mitigação de riscos, segurança, flexibilidade e escalabilidade são fatores que não aparecem diretamente nas planilhas, mas impactam diretamente a operação e competitividade da empresa.

O custo de oportunidade também entra no jogo: quanto custa um tempo de inatividade inesperado? Além da perda de produtividade, há o esforço e o tempo gasto com correções, impacto financeiro pela interrupção de serviços e possíveis penalidades por quebra de SLA. Provedores de nuvem oferecem alta disponibilidade e garantias de uptime, reduzindo esses riscos e agregando previsibilidade operacional.


Como calcular o ROI na migração para a nuvem

Com a avaliação de custos em mão, o próximo passo para decidir por migrar para a nuvem ou não é saber quando – e se – o seu investimento vai se pagar. O cálculo do Retorno sobre o Investimento (ROI) é um princípio essencial para justificar a decisão e otimizar a estratégia de adoção da nuvem.

Para esse cálculo, o primeiro passo é identificar os benefícios financeiros da migração. Eles podem variar conforme as necessidades do negócio:

  • Eficiência operacional: sistemas em nuvem permitem lançar produtos e serviços com mais agilidade.
  • Segurança e conformidade: a nuvem pode garantir maior controle para atender às regulamentações.
  • Escalabilidade: a nuvem combina flexibilidade e segurança para adaptar-se a demandas variáveis.

Realizar uma análise de custo-benefício é crucial para encontrar a estratégia ideal que maximize o ROI.


Qual a fórmula do ROI?

Para medir o ROI, a fórmula básica é: ROI = (Lucro obtido – Custo total) ÷ Custo total × 100
Esse cálculo traduz, em percentual, o retorno financeiro gerado pelo investimento. Um ROI positivo confirma que a migração trouxe ganhos concretos, enquanto um retorno baixo ou negativo pode indicar a necessidade de ajustes na estratégia. Mais do que um número, o ROI é um termômetro para avaliar se a nuvem está realmente impulsionando a inovação e a competitividade da empresa.


4 passos para migrar para a nuvem com segurança

Uma migração bem-sucedida para a nuvem começa com um diagnóstico estratégico, alinhando as necessidades do negócio com as melhores soluções disponíveis. Para isso, é essencial considerar o modelo de implantação, as ofertas dos fornecedores e os custos envolvidos.


1. Avalie as necessidades do negócio

Pergunte-se qual a sua necessidade específica para migração:

  • Está relacionada com a carga de trabalho?
  • Sua operação exige estabilidade ou precisa lidar com picos sazonais?
  • É segurança e conformidade, como por exemplo, normas regulatórias, como a LGPD, que precisam ser atendidas?

2. Priorize a escalabilidade

  • O crescimento do negócio é uma prioridade nesse momento?
  • Considere modelos escaláveis, como a nuvem pública ou híbrida, que oferecem maior flexibilidade e eficiência.

3. Pense no longo prazo

Empresas com cargas de trabalho mais previsíveis podem ter vantagens financeiras na migração, especialmente em soluções privadas, enquanto empresas com cargas não tão previsíveis podem economizar ao não arcar com despesas adiantadas em hardware sem uma noção exata da utilização.


4. Aposte na flexibilidade

Para organizações que buscam um equilíbrio entre controle e custos, sistemas de nuvem híbridos permitem gerenciar dados sensíveis com segurança, enquanto mantém a eficiência.


Acelerando a migração para a nuvem

A migração para a nuvem é uma jornada estratégica que pode impulsionar a competitividade das empresas. No entanto, para obter sucesso, é essencial realizar um diagnóstico preciso, avaliar o impacto financeiro e adotar as melhores práticas para a transição.

Contar com um parceiro especialista e estratégico para a migração é a melhor forma de garantir uma solução feita sob medida para o seu negócio. Fale agora com os especialistas da e-Core e receba uma consultoria personalizada para potencializar suas operações em nuvem.



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