Desenvolvimento de Software
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Por Mariangela Pinton
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20 de janeiro de 2025
A implantação eficaz do modelo ágil de gestão de projetos, como Scrum e Kanban, ainda representa um desafio para muitas organizações, incluindo aquelas com foco em tecnologia.  Até hoje, mais de 20 anos depois do Manifesto Ágil, muitas ainda possuem dificuldades na própria aplicação das práticas ágeis, como a execução das cerimônias, a priorização das tarefas e o planejamento das entregas, impactando não somente o prazo de lançamento de novos produtos e serviços, como também a satisfação da equipe. Com base em nossa experiência na gestão de projetos ágeis, apresento neste artigo algumas práticas aplicadas em nossos clientes e os benefícios obtidos após estas melhorias. Otimização da Daily Meeting O modelo ágil de gestão de projetos recomenda que as Daily Meetings tenham a duração de, no máximo, 15 minutos. Porém, pode ocorrer de excederem o tempo recomendado, ou ainda, de se tornarem uma reunião de status. Para reduzir este problema, a equipe deve focar apenas nos três pontos principais, ao invés de informar o status de cada tarefa: Atividade atual Próxima atividade Eventuais impedimentos Temas técnicos fora do escopo da Daily Meeting devem ser discutidos em reuniões específicas ou na Refinement Meeting, para que haja o detalhamento das tarefas. Essas mudanças garantem o foco nos objetivos principais de cada cerimônia. Adicionalmente, a equipe pode ser orientada a atualizar o quadro Kanban antes de cada Daily Meeting, incluindo as informações necessárias nas tarefas, atualizando seu status e atribuindo-as para o próximo responsável, evitando assim, que tarefas concluídas permaneçam estagnadas no fluxo de desenvolvimento. Qual a importância das ferramentas numa gestão ágil? Leia sobre aqui ! Priorização do Backlog do Produto A priorização eficaz das tarefas pode ser um dos principais desafios na gestão de projetos ágeis. Gerentes de Produto podem considerar todas as funcionalidades a serem desenvolvidas como prioritárias, o que dificulta o foco da equipe de desenvolvimento e pode gerar retrabalho. Para resolver essa questão, os Gerentes de Produto devem ordenar as tarefas com base em técnicas de priorização do backlog, tais como o valor para o cliente, o impacto no negócio, o esforço de desenvolvimento ou a criticidade daquela nova funcionalidade. Esta prioridade deve ser refletida no quadro Kanban, reduzindo o tempo gasto na definição da próxima tarefa e proporcionando maior autonomia à equipe, que pode simplesmente puxar a próxima tarefa do backlog assim que concluir a tarefa atual. A priorização do backlog deve ser um pré-requisito para a Sprint Planning Meeting, para que a equipe de desenvolvimento consiga definir quais atividades podem ser incluídas no escopo da Sprint, com base na prioridade e estimativa de cada uma. Saiba como integrar métricas e princípios ágeis: Otimizando a entrega de serviços de TI Melhoria no Detalhamento de Tarefas Tarefas mal definidas são um entrave frequente nos projetos de desenvolvimento de software, exigindo tempo extra da equipe de desenvolvimento para esclarecer o escopo, que não estava estimado no início da Sprint. Para mitigar este problema, a equipe pode estabelecer o Definition of Ready (DoR) e o Definition of Done (DoD), com o objetivo de definir quais critérios devem ser atingidos antes de incluir uma tarefa na Sprint e quais devem atingidos para que a tarefa possa ser considerada concluída. Na prática, isso significa que, apenas quando as tarefas estiverem bem detalhadas, elas poderão ser incluídas na Sprint para que o seu desenvolvimento seja iniciado. Outro problema que podemos encontrar é a criação de tarefas muito grandes, que podem demorar meses para serem concluídas. Considerando que o Modelo Scrum recomenda que as tarefas sejam executadas por completo no período de uma Sprint, no caso das tarefas complexas que precisam de um tempo maior, a equipe pode dividi-las em sub-tarefas menores, que possam ser entregues e validadas dentro da Sprint. Além disso, no caso de tarefas que ainda requerem um refinamento para que possam ser estimadas, é possível criar uma tarefa de investigação (ou spike), para que seja definida a solução e, após concluída esta tarefa, a tarefa de desenvolvimento da funcionalidade pode ser descrita e estimada de acordo com a sua complexidade. Leia também: Alinhamento Estratégico: Alicerce para o Sucesso Organizacional Realização da Retrospective Meeting A realização da Retrospective Meeting é essencial para identificar o que está funcionando e quais são os pontos de melhoria que podem ser implementados. Durante esta reunião, a equipe pode apresentar algumas métricas para dar visibilidade do projeto, tais como: Velocidade da equipe : quantos pontos são entregues em média por Sprint; Throughput : quantos itens ou funcionalidades a squad entrega em média por Sprint; Lead time : quanto tempo a squad leva para entregar um item; WIP : quantos itens em média a squad possui em andamento por Sprint. Para que esta reunião seja efetiva, é necessário que haja um ambiente seguro, em que todos os membros da equipe possam compartilhar sugestões e preocupações. Esta cultura de melhoria contínua é essencial para que a equipe possa trabalhar com mais satisfação e entregar as tarefas com mais agilidade a cada Sprint. Conclusão Começando com pequenos passos e aplicando o conceito de melhoria contínua, essas ações impactam positivamente na organização das cerimônias (Daily, Planning, Retrospective e Refinement Meetings), na priorização de tarefas e no planejamento da Sprint. Como consequência, a squad se torna mais eficiente e mais satisfeita, o que possibilita o lançamento de funcionalidades em um menor time-to-market. Quer saber mais sobre gestão de projetos ágeis e como a e-Core pode te apoiar nos seus desafios? Clique aqui para falar com os nossos especialistas.

Por Marianna Fiorelli
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1 de janeiro de 2025
A Arquitetura Orientada a Eventos (EDA) é uma prática essencial para o desenvolvimento de aplicações modernas, especialmente em cenários onde a escalabilidade, a resiliência e a capacidade de responder rapidamente a eventos em tempo real são críticas para o sucesso do negócio. Essa abordagem permite que sistemas se comuniquem de maneira assíncrona e desacoplada, facilitando a criação de aplicações mais modulares e flexíveis. Nesta arquitetura, um evento é um registro que representa uma ocorrência dentro do sistema, e sua comunicação é efetuada entre diferentes sistemas ou componentes por meio de mensagens, enviadas por produtores e recebidas por consumidores. O gerenciamento dos eventos é realizado por servidores conhecidos como brokers, que utilizam identificadores únicos para garantir o controle e a integridade do processamento. O Apache Kafka é uma plataforma distribuída que desempenha um papel fundamental no desenvolvimento dessas aplicações orientadas a eventos. Amplamente utilizada em soluções que requerem publicação, assinatura, armazenamento e processamento de fluxos de eventos em tempo real, sua principal vantagem é a capacidade de reduzir a latência na comunicação e organizar os eventos em canais chamados tópicos. Esses tópicos são estruturados em partições, permitindo leitura e gravação de eventos de forma paralela, o que proporciona maior eficiência para aplicações críticas. Veja também: Criação de projetos digitais: uma abordagem multidisciplinar Reprocessamento na EDA Uma das boas práticas na EDA é implementar um mecanismo de reprocessamento eficiente em caso de falhas. Isso pode ser alcançado por meio de estratégias como tentativas de reenvio (retries) e uso de filas de Dead Letter Queue (DLQ), estas últimas reservadas para mensagens que não puderam ser entregues ou processadas adequadamente. O Kafka oferece a configuração necessária para que os consumidores reprocessem mensagens em caso de erro. Porém, esta abordagem apresenta um desafio: a partição onde ocorreu o erro fica bloqueada até que a mensagem seja processada com sucesso ou até que o limite de tentativas seja atingido. Esse bloqueio pode gerar gargalos, impedindo que outras mensagens dessa partição sejam processadas. Estrutura de Reprocessamento com Tópicos A estrutura de reprocessamento descrita neste artigo utiliza múltiplos tópicos de retry posicionados em diferentes níveis. Quando uma mensagem falha no tópico principal, ela é reconhecida como processada pelo tópico e enviada ao primeiro nível de reprocessamento. Caso a falha persista, a mensagem é transferida para o próximo nível, continuando esse processo até que a mensagem falhe em todos os tópicos de reprocessamento. Quando isso ocorre, a mensagem então é direcionada para o DLQ. O número de tópicos de reprocessamento é flexível, sendo adaptado às necessidades da aplicação. Outra configuração que pode ser utilizada nesta solução é atribuir um tempo de espera para cada nível de tópico antes do início do reprocessamento. Esse mecanismo é importante para lidar com falhas temporárias, como a indisponibilidade momentânea de recursos externos, permitindo que esses recursos se recuperem antes que a mensagem seja executada novamente. Sabia também: Reduzindo débitos técnicos: um checklist para a transformação digital Tratamento de Erros no Reprocessamento Para que o reprocessamento funcione corretamente, é necessário efetuar uma classificação do tipo de erro ocorrido. Caso o erro ocorra devido à indisponibilidade de um recurso, a mensagem deve ser enviada aos tópicos de retry para novas tentativas. Já se o erro for causado por problemas estruturais na mensagem, que exigem a intervenção da equipe de desenvolvimento, deve-se redirecionar essa mensagem diretamente para o DLQ. Dessa forma, os desenvolvedores podem analisar a causa raiz e realizar as correções necessárias para que a mensagem possa ser reprocessada com sucesso no futuro.  Vale ressaltar que o mecanismo de reprocessamento descrito neste artigo não é adequado em cenários onde a ordem de entrega para o processamento das mensagens é crítica. Em situações que exigem garantias de ordenação, a utilização de múltiplos tópicos para reprocessamento pode não ser a melhor abordagem. Conclusão A implementação de uma arquitetura orientada a eventos com Kafka combinada a uma estratégia adequada de reprocessamento é uma base sólida para o desenvolvimento de aplicações escaláveis e resilientes. Essa abordagem não apenas melhora a eficiência e a capacidade de resposta do sistema, mas também permite que as equipes de desenvolvimento criem soluções que se adaptam a falhas de maneira dinâmica, garantindo a continuidade do negócio.

Por Jonatas Delatorre
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25 de setembro de 2024
Os ambientes de Big Data estão se tornando cada vez maiores com o crescimento da computação distribuída, IoT, microsserviços e a quantidade de maneiras diferentes de armazenar dados na nuvem. Nesse contexto, acompanhar todo o movimento de dados é quase impossível. Nos seus sistemas de dados ou no último projeto em que trabalhou, você conseguiria dizer quais dados uma coluna em um database de origem gerou no dashboard ao final de um pipeline? Neste artigo, veremos as ferramentas e abordagens que podem nos dar uma melhor capacidade de observar o data flow através do ambiente, tornando toda a organização mais sustentável. Introdução De acordo com o livro Observability Engineering: Achieving Production Excellence, o termo “Observabilidade” foi criado pelo engenheiro Rudolf E. Kalman em 1960. Desde então, passou a significar diferentes coisas, dependendo da comunidade em que é utilizado. Para aplicações, podemos encontrar com facilidade referências sobre três pilares: Logs: logs de aplicativos, logs de infraestrutura, logs de servidores etc. Métricas: para qualidade, saúde da infraestrutura, alarmes etc. Traces (rastros de execução): solicitações HTTP, microsserviços, banco de dados etc. Na Engenharia de Dados, porém, podemos desdobrar os traces em dois outros tópicos: 

Por Filipe Barretto
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12 de agosto de 2024
O que é uma Aplicação Moderna? À medida que mais empresas se transformam em empresas de tecnologia, a necessidade de criar produtos digitais superiores, e fazê-lo rapidamente, torna-se essencial. Em vez de projetar soluções e depois procurar problemas para resolver, devemos examinar a jornada do cliente do seu próprio ponto de vista e desenvolver novas funcionalidades que melhorem sua experiência. Grandes inovações nascem por meio desse processo frequente de ouvir os clientes, identificar seus desafios – muitas vezes desconhecidos por eles – e melhorar continuamente. Segundo Andy Jassy, CEO da AWS, “A inovação requer duas coisas: a capacidade de realizar múltiplos experimentos e não ter que conviver com os efeitos colaterais dos experimentos fracassados.” Com essa mentalidade, surge o que chamamos de Aplicações Modernas, que englobam uma combinação de tecnologias, arquiteturas, práticas de entrega de software e processos que capacitam as equipes a entregar mais rápido, com mais frequência e de forma mais consistente. De acordo com uma pesquisa da Gartner, 67% dos executivos acreditam que precisam acelerar a inovação para permanecerem competitivos , e essa abordagem de desenvolvimento permite que eles alcancem esse importante objetivo. Neste artigo, selecionamos 8 principais temas dentro do desenvolvimento de aplicações modernas que você deve observar. 1. Cultura de Ownership Um dos maiores desafios no desenvolvimento de aplicações contemporâneas não está na tecnologia, mas em outro lugar. Afinal, a inovação é impulsionada por pessoas . Portanto, tudo começa com a concessão de autonomia e responsabilidade às equipes. Neste ponto, é imperativo mudar a perspectiva de projetos para produtos, e as equipes responsáveis pelo desenvolvimento de um produto também devem ser responsáveis por sua manutenção. Essa autonomia e responsabilidade é que promovem motivação, criatividade e um ambiente seguro para assumir riscos. Quando a equipe de desenvolvimento é responsável por todo o ciclo de vida do produto, desde a coleta de feedback dos clientes e o planejamento do roadmap até o desenvolvimento e a operação da aplicação, o engajamento e a responsabilidade são ampliados. 2. Padrão de Arquitetura de Microsserviços Gerenciar um monólito pode parecer mais simples no início. No entanto, à medida que uma aplicação cresce, torna-se um desafio. Ao dividir uma aplicação em microsserviços, você capacita as equipes a desenvolver e operar independentemente os componentes pelos quais são responsáveis. Em um monólito, os desenvolvedores precisam ser cautelosos ao fazer mudanças para evitar interferir no código de outra equipe, como ao realizar uma atualização de biblioteca. Além disso, a implementação de uma nova funcionalidade significativa requer coordenação com todos para mesclar e implantar, mesmo para uma pequena mudança em uma única linha de código. Em uma arquitetura de microsserviços, cada serviço tem um propósito específico e opera de forma independente, comunicando-se com os outros através de interfaces bem definidas. Considerando o crescimento da aplicação, isso também oferece uma vantagem significativa de escalabilidade. Em um monólito, se uma parte da aplicação experimentar um uso intenso, toda a aplicação precisa escalar. Com microsserviços, apenas aquele componente específico precisa escalar, resultando em economia de custos. Aqui estão as principais distinções entre uma abordagem monolítica e uma arquitetura de microsserviços: Aspect Architecture 3. Gestão de dados desacoplada e por propósito Com a transição para microsserviços, também se faz importante uma mudança no armazenamento de dados. Se tivermos múltiplos microsserviços, mas um único banco de dados, continuaremos enfrentando um ponto único de falha e gargalo para o sistema. No passado, lidávamos com volumes de dados na ordem de GBs e até TBs. Hoje, temos demanda por TBs e PBs, além do consumo em várias localidades. Além disso, cada parte da aplicação tem requisitos específicos de dados e um formato mais adequado para o consumo. Um carrinho de compras pode exigir uma resposta rápida, utilizando um banco de dados chave-valor, enquanto o algoritmo de recomendação pode precisar de um banco de dados gráfico. Nesse contexto, surgem os Data Lakes com propósito específico. Em aplicações modernas, utilizamos um tipo específico de banco de dados de acordo com as necessidades. 4. Containers e Serverless Com a mudança nos padrões de arquitetura, novas tecnologias visam maximizar os benefícios. Como diferentes serviços têm diferentes dependências e até linguagens de programação, surgem novas formas de empacotamento de sistemas, com grandes exemplos como containers e serverless. Com containers , as equipes de engenharia têm mais flexibilidade e portabilidade de aplicações. Essa abordagem tem sido o principal método para modernizar aplicações legadas. Nos últimos anos, a adoção do Kubernetes cresceu e se tornou quase um padrão para essa abordagem. Enquanto isso, com serverless , há maior simplicidade no desenvolvimento e operação de aplicações, pois os provedores de nuvem cuidam da maior parte da infraestrutura. 5. Desenvolvimento Ágil Com arquiteturas orientadas a microsserviços e tecnologias como serverless e containers, as equipes de desenvolvimento podem trabalhar mais rápido, permitindo um maior número de implantações e, consequentemente, novas funcionalidades e melhorias para os clientes. No entanto, para aproveitar esse benefício, é necessário ter um processo eficiente e automatizado para a publicação de novas versões. Processos manuais de validação de código, teste de novas versões e implantação estão entre as principais barreiras à velocidade de novos lançamentos. Foi nesse contexto que surgiram algumas práticas de DevOps, como Integração Contínua (CI) e Entrega Contínua (CD). Além da automação para validação de código da aplicação, surgem tecnologias de Infraestrutura como Código (IaC) para trazer os mesmos benefícios às mudanças na infraestrutura, reduzindo o risco de erros humanos. De acordo com estudos da Puppet, empresas que implementam essas práticas têm uma taxa de erro 5 vezes menor, velocidade de commit-para-implantação 440 vezes mais rápida e frequência de implantação 46 vezes maior. Como resultado, as equipes passam 44% mais tempo criando novas funcionalidades e código, em vez de gerenciar processos e ferramentas. 6. Modelo Operacional Até agora, discutimos tecnologias serverless para desenvolvimento e arquiteturas orientadas a microsserviços, mas essa abordagem também traz uma vantagem significativa quando se trata de operações. Ao usar serverless, o provedor de nuvem torna-se responsável por grande parte da disponibilidade, segurança, alocação de recursos e escalabilidade do serviço. Vale reforçar que, na nuvem, sempre temos o Modelo de Responsabilidade Compartilhada, e algumas atividades precisam ser realizadas pelas equipes de engenharia, mantendo o ganho operacional significativamente. 7. Governança e Gestão Antes da tecnologia de nuvem, as empresas enfrentavam o dilema de priorizar a velocidade ou a segurança. Com novas tecnologias, é possível ter ambos. Para alcançá-los, o conceito de guardrails está sendo cada vez mais implementado. Isso envolve a criação de padrões que podem ser usados pelos desenvolvedores, como Infraestrutura como Código (IaC) para provisionar recursos seguindo configurações e arquitetura já validadas pelas equipes de infraestrutura e segurança, possibilitando um desenvolvimento rápido e garantindo conformidade com as práticas estabelecidas pela empresa. 8. Aceleração com IA Finalmente, as aplicações mais modernas se beneficiam das tecnologias de IA para trazer maior velocidade no desenvolvimento e padronização de práticas. Com assistentes de IA para geração de código, é possível acelerar o desenvolvimento. Além disso, com linguagens de programação modernas e performáticas, como Rust, é possível entregar sistemas mais eficientes. Conclusão A transição para aplicações modernas significa uma mudança crucial no cenário digital, onde agilidade, inovação e foco no cliente se tornam fundamentais. Com a e-Core como seu parceiro de confiança, navegar por essa jornada transformadora torna-se não apenas viável, mas também imensamente gratificante. Nossa equipe de especialistas está aqui para impulsionar sua jornada. Entre em contato conosco para elevar sua abordagem ao desenvolvimento de aplicações!

Por Renato Gregorio
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2 de julho de 2024
Um débito técnico é um conceito familiar para muitos profissionais de desenvolvimento de software . Ele geralmente acontece quando existe uma urgência em concluir alguma demanda, levando a um desfecho confuso da situação. No mundo do desenvolvimento de software, isso é causado pelo acúmulo de pequenos reparos e atalhos tomados ao longo do tempo, dificultando entregas futuras. Compreender o débito técnico é crucial para líderes de tecnologia, pois isso influencia diretamente em vários aspectos do desenvolvimento de software e manutenção de sistemas. Ao reconhecer o débito técnico, os gestores podem alocar recursos de modo mais eficiente para solucioná-la, mitigando o risco de problemas futuros. Esta prática dá suporte a decisões estratégicas que equilibram ganhos imediatos com suas consequências a longo prazo. Débito técnico: Definição  O débito técnico é uma bagagem acumulada a partir da opção constante por soluções rápidas , que podem ser convenientes para o momento, mas que não são as melhores possíveis a longo prazo. Na prática, a soma dessas ações imediatistas pode frear o progresso e aumentar o custo dos projetos. Tomar consciência do débito técnico é altamente recomendado para aumentar a produtividade. Isso acontece ao minimizar o retrabalho e focar na entrega efetiva de novas funcionalidades. Uma comunicação clara sobre débito técnico com os stakeholders garante o alinhamento de expectativas e promove a confiança no processo. Em geral, essa compreensão empodera os líderes de tecnologia para dirigir iniciativas bem-sucedidas e garantir a sustentabilidade dos sistemas de software de suas organizações. Causas comuns O débito técnico geralmente acontece quando os prazos são curtos, os recursos são escassos , os planejamentos falham, as requisições mudam o tempo todo ou quando decisões técnicas ruins são tomadas para dar conta dos problemas no calor do momento. O débito técnico se manifesta de várias formas no desenvolvimento de software. Isso pode partir de implantações difíceis de manter, assim como de documentações inadequadas que tornam a obscura a operação dos sistemas. Bugs não resolvidos, particularmente aqueles que não são tratados por sua causa raiz, contribuem para o débito técnico. Insistir em bibliotecas obsoletas, apesar das recomendações contrárias, também traz problemas. Negligenciar vulnerabilidades de segurança em bibliotecas externas agrava ainda mais o problema, acentuando a importância das estratégias proativas de gerenciamento do débito técnico. Riscos do débito técnico para os negócios: exemplos reais O débito técnico não é um problema somente para os desenvolvedores; ela afeta todo o negócio. Isso pode aumentar os custos de manutenção, tornar o progresso mais lento, ferir a qualidade do produto, e até mesmo afastar clientes. Há exemplos da vida real que ilustram muito bem as consequências destrutivas de negligenciar o problema. Um deles aconteceu com a aeronave Boeing 737 MAX, que teve umo débito técnico severa no seu software MCAS. O sistema, que deveria ser à prova de preocupações sobre a sua estabilidade, sofreu com testes e documentações insuficientes, levando a dois acidentes e à aposentadoria compulsória do modelo. A reputação da Boeing foi duramente abalada e 346 vidas humanas foram perdidas tragicamente por conta das falhas técnicas. Em situação similar, o Adobe Flash também encontrou desafios e sucumbiu a vulnerabilidades de segurança e problemas de performance. Com o advento do HTML5 e padrões web mais modernos, o Flash perdeu relevância, levando a Adobe a anunciar o fim da vida útil dele no final de 2020. A companhia financeira Knight Capital Group teve uma perda catastrófica de US$ 440 milhões em menos de uma hora devido a uma falha de software derivada de umo débito técnico não resolvida em um algoritmo de trading de alta frequência . O software desatualizado levou a milhares de transações não autorizadas e perdas financeiras significativas. A Equifax, um dos maiores bureaus de crédito do mundo, foi vítima de uma violação massiva de dados em 2017, expondo as informações pessoais de 147 milhões de pessoas. As investigações revelaram que o vazamento ocorreu devido o débito técnico, mais especificamente por conta de uma falha ao aplicar patches de segurança a um servidor web vulnerável. Isso permitiu que os hackers explorassem uma vulnerabilidade já conhecida e acessassem os sistemas da Equifax, deixando consequências profundas. Estes exemplos sublinham a enorme importância de conhecer e lidar com o débito técnico com prontidão e abrangência. Desse modo, quais medidas podemos tomar coletivamente para mitigar os riscos associados o débito técnico? Aqui vai um checklist com algumas dicas. Checklist: 8 passos para prevenir o débito técnico Prevenir o débito técnico significa agir proativamente, em conformidade com as melhores práticas. Seguindo estes 8 passos, você poderá estabelecer uma fundação sólida para a segurança e a estabilidade da sua empresa: Revisão de códigos: Boas revisões de códigos ajudam a identificar potenciais problemas antes deles acontecerem, promovendo sua qualidade e consistência. Seguir a Maslow Piramide For Code Review pode ser uma boa maneira de fazer isso satisfatoriamente. Testes automatizados: Implementar testes automatizados garante que mudanças e atualizações não introduzam regressões ou defeitos ao sistema. Manter as bibliotecas atualizadas: Estar em dia com os stacks tecnológicos, frameworks e bibliotecas minimiza problemas de compatibilidade e vulnerabilidades de segurança associadas a componentes ultrapassados. Monitoramento de vulnerabilidades de segurança: Utilizar ferramentas e processos para monitorar proativamente as vulnerabilidades de segurança é um processo importante para salvaguardar o software contra potenciais vazamentos e ações de hackers. Refatoração: A refatoração contínua do código aumenta a manutenibilidade, legibilidade e extensibilidade, reduzindo a probabilidade de acúmulo de débitos técnicos. Plano de contingência para bugs: Alocar pessoas para resolver prontamente os bugs críticos previne que eles se convertam em uma bola de neve de débitos técnicos. Entendimento do produto: É crucial educar stakeholders sobre débito técnico, inclusive os gerentes de produto e executivos da empresa. Eles precisam compreender as implicações disso para o desenvolvimento de produtos, sustentabilidade e sucesso a longo prazo. Inclusão nos roadmaps de produtos: Integrar o gerenciamento do débito técnico aos roadmaps de produtos garante que a questão receberá a atenção merecida e pessoas trabalhando com isso em mente ao longo do desenvolvimento de funcionalidades. Como reduzir o débito técnico já existente Solucionar o débito técnico já existente demanda um esforço concentrado e uma priorização cautelosa. Basicamente, temos dois conselhos para isso: Mantê-la como prioridade: Reconheça o débito técnico como uma preocupação crítica e dedique os recursos e o tempo necessário para enfrentá-la efetivamente. Alocar 10% do esforço em cada sprint: Integre as tarefas de redução do débito técnico aos ciclos de desenvolvimento, reservando uma porção do capacity de cada sprint para enfrentar gradualmente os problemas importantes. Em conclusão, gerenciar o débito técnico não é meramente uma preocupação da área de tecnologia, mas um imperativo para os negócios . Entendendo a sua natureza, identificando suas causas e implementando medidas preventivas, as organizações podem mitigar efeitos adversos no desenvolvimento de produtos e assegurar o sucesso a longo prazo. Além disso, ao priorizar a redução da dívida existente e integrar o seu gerenciamento aos processos em andamento, os negócios podem fomentar uma cultura de melhorias contínuas e inovação. É importante frisar que o débito técnico não pode jamais ser eliminada de vez, já que ela é um processo natural do ciclo de desenvolvimento de software. O objetivo é gerenciá-la efetivamente para minimizar seus impactos negativos nos projetos e no negócio como um todo. Quer saber mais sobre esse assunto e ver como a e-Core pode te apoiar nos seus desafios? Clique aqui para falar com os nossos especialistas.

Por e-Core
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2 de janeiro de 2024
A Unifertil é uma das empresas mais relevantes do setor de fertilizantes no Brasil. Fundada em 1972 em Canoas/RS, a empresa possui uma história de sólido crescimento baseado na qualidade de seus produtos e serviços e no bom relacionamento com seus clientes. Hoje, ela abastece lavouras de todo o país com cerca de 120 mil toneladas de fertilizantes por mês, com especial relevância na região Sul, onde está posicionada como uma das líderes do mercado.

Por e-Core
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8 de maio de 2023
Em qualquer negociação, conhecimento é poder. No mercado multibilionário de fusões e aquisições (M&A), ter acesso às informações certas pode significar uma diferença de milhões de dólares a cada negócio. Mas ter acesso rápido a dados confiáveis pode ser difícil durante uma negociação. Os fundadores da Matterhorn , empresa americana formada por especialistas financeiros e jurídicos em M&A e transações de crédito e empréstimo, perceberam essa oportunidade. Porém, era necessário encontrar um parceiro confiável com expertise em tecnologia para desenvolver um mecanismo que buscasse dados de todos os negócios, em todos os setores.  Com a ajuda da e-Core, a ideia se transformou em negócio. Hoje, a empresa fornece a seus clientes inteligência e performance em seu bancos de dados proprietário, com análises e relatórios abrangentes de informações arquivadas publicamente, bem como documentos privados das organizações.
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